terça-feira, 7 de dezembro de 2010



Homenagem a João Pedro Stedile: efeitos de uma vaia paradoxalmente consagradora




Na homenagem que a Câmara dos Deputados prestou a João Pedro Stédile, esta semana, conferindo-lhe a Medalha de Mérito Legislativo "por seus serviços prestados para a sociedade", algumas vaias tentaram tirar o efeito dos aplausos entusiasmados que ele recebeu. Para quem acompanha o trabalho desse líder do MST, a trajetória dedicada, corajosa e perseverante que tem marcado sua luta em favor das/os trabalhadoras/es sem terra e à causa da reforma agrária, não é difícil identificar de quem partiu a grosseria e os motivos que a inspiraram.

A oposição que os latifundiários do país movem contra tudo o que possa afetar seus privilégios, acomodada historicamente fortemente na bancada ruralista do Congresso Nacional, não podia aceitar uma honraria como essa, que reconhece na pessoa do João Pedro tudo aquilo que serve de resposta e contestação à concentração desumana da propriedade da terra, por eles promovida, a um produtivismo que não se importa de matá-la, à sujeição estúpida desse bem de vida, reduzido à simples mercadoria, cujos frutos devem ser abortados se não derem bom lucro, ainda que isso custe a fome de milhões.

Foi uma vaia, portanto, que tentou abafar o ruído daquelas verdades ocultas pelo poder da grande propriedade rural, como a da conquista indiscriminada do nosso território, em conluio com transnacionais dedicadas à exploração agrícola, à venda de venenos, à fraude dos registros públicos, à manipulação das leis em benefício próprio, ainda que isso custe a violação dos nossos direitos sobre as áreas de fronteira, dos nossos mananciais, da segurança de posse das/os quilombolas e das/os índias/os.

Foi uma vaia ao discernimento crítico oportuno e necessário capaz de identificar todos aqueles fatores de injustiça social que estão acoplados a megaprojetos agroexportadores. Esses não distinguem a diferença fundamental que caracteriza um direito de propriedade, mesmo quando esse respeita só minimamente a sua função social, aquela que identifica a relação-pertença entre o dono e o seu bem, mas não esquece a relação-destino desse mesmo bem, a qual não pode ser garantida em prejuízo alheio. A pretexto de aumentar nossas divisas, esse tipo de exploração da terra não hesita em levar consigo a floresta, a água, a fauna e a flora que a natureza nos deu de graça.

Foi uma vaia partida dos abusos e dos tradicionais desvios de direito, de que não estão excluídos nenhum dos Poderes Públicos, sempre que sacrificam as/os sem-terra, sob a justifitiva de que, em defesa deles próprios (!?) a lei tem que ser respeitada, mesmo que isso custe a sua morte, como aconteceu o ano passado, em São Gabriel, com o assassinato do sem-terra Elton Brum da Silva.

Foi uma vaia partida de quem não se envergonha de obstruir qualquer tentativa do Executivo, ou do Congresso Nacional, de imporem a revisão dos índices de produtividade das terras do país, coisa defasada há décadas, nem de permitir a tramitação de qualquer projeto de lei tendente a punir a exploração do trabalho escravo. Se os meios para esconder essa sujeira exigir despistes do tipo criação de CPMIS contra as/os sem-terra, presença diária na mídia para a sua criminalização, nenhum escrúpulo seja considerado suficiente para impedi-los.

Foi uma vaia à justa indignação de que estão possuídas/os as/os brasileiras/os empenhadas em apoiar as reivindicações dos direitos humanos fundamentais do povo pobre do nosso país, em sindicatos, ONGs, Igrejas, espaços políticos alternativos onde ele ao menos é ouvido contra o coronelismo armado de jagunços, de manobras de bastidores empreendidas em Bancos, em órgãos Públicos, em “tenebrosas transações” como diz Chico Buarque.

Foi uma vaia, enfim, de vendilhões, bem como o daqueles que Jesus Cristo expulsou a relho de dentro do templo. Hoje, o templo da cidadania e da dignidade humana, que deveria estar sendo venerado reciprocamente, por todas/os brasileiras/os, a ponto de erradicar a pobreza, como diz a nossa Constituição Federal e recomenda o mais elementar princípio de bom senso, não alcança ser reconhecido por aquela gente que vaiou o João Pedro. Não poderia haver prova melhor, portanto, de que a homenagem que ele recebeu se justificou e foi mais do que merecida.




segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Olha o Lula indo...

Pelo visto o Presidente Lula já decidiu o que irá fazer quando passar o cargo em Janeiro: será blogueiro. O assunto já se espalha por toda imprensa e gera comentários em várias linhas.

Além de afirmar que continuará fazendo política por toda América Latina, Lula também anunciou que pretende alimentar um blog que permitirá a todos um acompanhamento de todos os passos dados pelo futuro presidente e ex-presidente (rsrs...), afinal está será uma forma de começar sua caminhada rumo à 2014.



sexta-feira, 3 de dezembro de 2010



"O homem que se vende recebe sempre mais do que vale".

Barão de Itararé

Eles estão cumprindo?

Juramento dos Vereadores:

“PROMETO CUMPRIR A CONSTITUIÇÃO FEDERAL, A CONSTITUIÇÃO DO ESTADO E A LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO, OBSERVAR AS LEIS, CUMPRIR O MANDATO QUE ME FOI CONFIADO, TRABALHANDO SEMPRE PELO PROGRESSO DO MUNICÍPIO E BEM ESTAR DE SEU POVO”.


quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Alfinetes e Bombons


Modelo Dem de governar!

O que acontece por aqui é a falta de uma política séria de desenvolvimento econômico.

O modelo Marco coca-cola (sob a tutela do grupo Mendoça) de governar está levando Belo Jardim a ser cada dia que passa mais dependende dos recursos federais.

O democrata Marco Coca-cola, que durante a campanha foi apresentado pelo Grupo Mendonça como o salvador da pátria: o jovem (rsrs), o saudável, o empresário bem sucedido... prometeu mundos e fundos à cidade.
Até agora não disse a que veio.
Tem agora, se colocado na corrente de choro promovido pelos prefeitos desse Brasil afora. Choro esse que não convence e tampouco se justifica, seria melhor que a sua assessoria ou mesmo os seus mentores lhe aconselhassem mudar o rumo da prosa. Vivemos senhor prefeito, numa era de avanços tecnológicos, e os recursos que entram aqui na cidade, estão ao alcance de tod@s pelos mais diversos sites. Pena que não podemos dizer o mesmo com o que sai.

Agora, se olharmos a questão por um outro viés, podemos até concordar com o choro/desespero do prefeito. Os recuros são pouco mesmo. É pouco para manter essa máquina inchada com correligionários (que perderam espaços em outras cidades e na capital) acomodados em secretarias e assessorias que não têm o que fazer a não ser sacar o seu no final de cada mês.

O que não dá pra entender é o silêncio dos vereadores a respeitro da folha de pagamento da Prefeitura.

E "pêroamor" de Deus, não venham me dizer que pediram a tal folha e o pedido foi negado!