sábado, 10 de abril de 2010

Lançada candidatura de Serra


Serra em discurso sonso, morno e genérico, típico de quem não pode dizer de fato a que veio, formalizou neste sábado sua condição como candidato oficial da coalizão demotucana. Com escorregões sugestivos disse, por exemplo: a) 'o governo deve ouvir a voz dos trabalhadores e ... dos servidores públicos ..’ Isso, após 30 dias de greve do professorado de SP, que está sem reajuste salarial há cinco anos, e cujo sindicato não foi recebido pelo governo tucano sequer para expor suas reivindicações; b) ‘ governo deve servir ao povo, não a partidos e a corporações que não representam o interesse público’ , emendou o candidato, sem explicar quem define o que é interesse público –um ato falho típico do pensamento autoritário que demoniza sindicatos, partidos e movimentos sociais. A mensagem implícita é a de que o povo deve ser tutelado pelas elites, de preferência as de São Paulo. As mesmas que tentaram derrubar Getúlio em 32; quiseram impedir a posse de JK em 50 e a de Jango, em 62; deram o golpe de 64; manipularam o debate Collor X Lula em 89; criaram o pânico anti-PT em 2002; tentaram o impeachment de Lula em 2006 e agora entregam a Serra a missão de derrotar Lula e tudo o que ele representa na história do país.

(Carta Maior; 10-04)

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